A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, registrou uma alta de 1,23% em fevereiro – a maior taxa para o mês desde 2016. O aumento foi impulsionado principalmente pelo setor de habitação, com a energia elétrica subindo 16,33%, reflexo da ausência do desconto aplicado em janeiro. Além disso, o grupo de educação contribuiu significativamente, apresentando um acréscimo de 4,78% nos preços, decorrente dos reajustes das mensalidades escolares.
Apesar da aceleração, o índice ficou abaixo das projeções do mercado, que esperava uma variação entre 1,30% e 1,50%. No acumulado de 12 meses, a inflação atingiu 4,96%, ultrapassando o teto da meta de 4,5%. Diante desse cenário, o Banco Central mantém a taxa Selic elevada, atualmente em 13,25%, com expectativa de aumento para 14,25% em março.
O governo acompanha de perto a situação, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacando a alta no preço dos ovos e prometendo diálogo com empresários para evitar eventuais desabastecimentos. Especialistas alertam que a pressão inflacionária pode afetar significativamente o custo de vida e influenciar decisões econômicas em todo o país