O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STFsua defesa prévia na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Além de solicitar a absolvição sumária, Cid indicou nove militares como testemunhas, incluindo os ex-comandantes do Exército, generais Marco Antônio Freire Gomes e Júlio César de Arruda.
A defesa argumenta que Cid atuava como um "simples porta-voz" do então presidente Bolsonaro, cumprindo ordens sem participar de decisões estratégicas. Segundo os advogados, atribuir a ele responsabilidade pelo planejamento de um golpe de Estado é "desarrazoado", especialmente considerando que Cid estava de férias nos Estados Unidos durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.
Caso o pedido de absolvição sumária seja rejeitado, os advogados solicitam que as testemunhas indicadas sejam ouvidas. Alguns desses militares estão na ativa e precisarão de autorização de seus superiores para depor.
A ação penal, aceita pela Primeira Turma do STF, inclui Cid, Bolsonaro e outros seis réus, todos acusados de envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.