O que deveria ser apenas mais uma agenda política do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), na cidade de Gandu, se transformou em um triste retrato da radicalização que tomou conta de setores da esquerda brasileira. Em um discurso que causou espanto até entre seus aliados mais moderados, o governador ameaçou "enterrar bolsonaristas", numa fala carregada de ódio, autoritarismo e desprezo pela democracia.

A declaração, feita em praça pública e registrada por vídeos que rapidamente viralizaram nas redes sociais, foi recebida com indignação por parlamentares, juristas, entidades civis e cidadãos de todo o país. A retórica violenta não apenas atenta contra o decoro do cargo que ocupa, mas também instiga conflitos e coloca em risco a integridade física de milhões de brasileiros que exercem seu direito democrático de apoiar um projeto político diferente do atual governo baiano.

Fala criminosa, inaceitável e perigosa

O conteúdo da fala do governador pode, inclusive, ser interpretado como incitação à violência e ameaça contra a vida, condutas previstas no Código Penal Brasileiro. Lideranças conservadoras já articulam ações judiciais e representações junto ao Ministério Público, exigindo apuração e responsabilização imediata.

“A fala dele é criminosa. Ele ameaça, com todas as letras, uma parcela da população que pensa diferente dele. Isso é ditadura, não democracia”, afirmou o Presidente do foro do Brasil em Salvador e RMS (Paulo Rocha).

A inversão de valores e o silêncio cúmplice

Enquanto a esquerda costuma gritar por “democracia” e “respeito às instituições”, assiste-se agora a uma chocante inversão de valores: o ódio não está nos cidadãos comuns, mas nos palanques oficiais; não parte de extremistas isolados, mas do próprio chefe do Executivo estadual.

O mais grave é o silêncio cúmplice de setores da grande imprensa e de lideranças nacionais que, se omissos, compactuam com o discurso de violência política. Onde está o STF, que age com rapidez contra posts de redes sociais, mas se cala diante de ameaças feitas por microfones públicos?

Bolsonaristas: cidadãos, pais de família, trabalhadores

A retórica de “enterrar bolsonaristas” é não apenas abjeta, mas desumana. Milhões de brasileiros que se identificam com os ideais conservadores são cidadãos pacíficos, trabalhadores, pais e mães de família. Reduzi-los a inimigos a serem “enterrados” é a antítese do diálogo e da convivência democrática.

O Brasil precisa urgentemente resgatar o respeito e o bom senso na política. Governadores não foram eleitos para fazer guerra ideológica, mas para servir a todos, inclusive os que pensam diferente. A fala de Jerônimo Rodrigues deve ser repudiada por todos que prezam pela democracia e pela civilidade.