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Bahia sob o domínio do medo: Governo do Estado se omite diante da escalada da violência

Publicada em: 18/06/2025 15:29 - Notícias

 

Maragogipe, BA — A brutalidade da violência que vem assolando o Recôncavo baiano e diversas outras regiões da Bahia revela uma face preocupante: a omissão gritante do Governo do Estado na área da segurança pública. Na manhã desta quarta-feira (18), moradores do distrito de Nagé, em Maragogipe, foram chocados ao encontrarem partes do corpo de um homem esquartejado espalhadas por uma praça pública. A vítima teve a cabeça, os braços e as pernas arrancadas, num crime que escancara a ação livre e impune do crime organizado no interior baiano.

Este não é um caso isolado. Em janeiro, também em Maragogipe, outro corpo esquartejado foi deixado em via pública, acompanhado por vídeos com assinatura de facções criminosas. A cidade, assim como dezenas de outras na Bahia, tornou-se palco da guerra territorial entre facções como o Bonde do Maluco (BDMe a Katiara, disputando o tráfico diante da inoperância do Estado.

 Bahia lidera o ranking da violência no Brasil

A situação não é surpresa. De acordo com o Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Ipea e Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia lidera o ranking nacional de homicídios absolutos, com mais de 6.100 assassinatos registrados em 2023. Salvador e municípios do Recôncavo aparecem com índices alarmantes de crimes violentos letais. Mesmo diante de tais números, o governo estadual insiste em tratar o tema com descaso, apostando em discursos ideológicos e ações paliativas enquanto a população vive sitiada pelo medo.

Falta comando e vontade política

A falta de uma política de segurança pública efetiva por parte do governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem custado caro à população. Enquanto as comunidades clamam por segurança, o governo prefere terceirizar responsabilidades e minimizar a gravidade dos fatos. A ausência de investimentos estratégicos, inteligência policial, valorização dos profissionais de segurança e presença ostensiva em áreas dominadas por facções são fatores que alimentam a barbárie em curso.

 Maragogipe é símbolo de uma tragédia anunciada

O caso mais recente em Nagé é simbólico. Um homem esquartejado, partes do corpo abandonadas em plena rua — isso ocorre em um estado supostamente democrático. Onde estão os drones, as câmeras, as blitz integradas, os núcleos de inteligência? Por que não há ações reais de combate às facções que hoje ditam as regras em diversos bairros e cidades da Bahia?

 Um apelo à sociedade baiana

A população não pode mais aceitar a narrativa do “é assim mesmo”. A violência virou rotina porque o Estado permitiu que ela se naturalizasse. É hora de cobrar com firmeza. O povo baiano merece viver sem medo. Governar é proteger, e o governo da Bahia falha gravemente nessa missão.

 

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